O que têm em comum Aristóteles, Sigmund Freud, Henri Bergson e Vladimir Propp? Filósofos? Estudiosos do comportamento humano? Talvez, mas todos eles escreveram sobre o riso e o humor, pois sabiam que a comicidade esconde grandes verdades sobre nós, mais facilmente suportáveis quando expressas de forma bem humorada. Por isso, indicamos aqui três curiosos livros que, de maneira divertida, tratam das inconfessáveis vergonhas de leitores e editores.
manual-bons-modos-livrarias

1. Manual prático de bons modos em livrarias

Autor: Lilian Dorea

Editora Seoman

Você é do tipo de leitor que aparece em livrarias para noite de autógrafos de autores mortos? Você se esquece com frequência do livro que procura, mas, mesmo assim, quer que o livreiro encontre? Neste manual, Dorea relata o cotidiano de livreiros em encontros com inesperados leitores. Embora o livro tenha efeito cômico, as situações descritas são reais e podem muito ajudar a compreender o comportamento dos compradores de livros.

2. Como falar dos livros que não lemos?

Autor: Pierre Bayard

Editora Objetiva

Quem nunca falou com propriedade de um livro que não leu que atire a primeira pedra. Ulisses? Parafraseando Calvino, é tão clássico que é como se quase todos já o tivéssemos lido. Bayard nos ensina estratégias para falar de livros sabendo apenas o mínimo necessário para passarmos despercebidos (e como inteligentes!) em conversas do dia a dia. Estratégias semelhantes são frequentemente usadas em nosso meio editorial: avaliamos e julgamos os originais lendo apenas o mínimo necessário (sem mencionar os prêmios literários que, em sua maioria, também são atribuídos assim!). E se alguém perguntar, eu nego que disse isso!

3. A arte de recusar um original

Autor: Camilien Roy

Editora Rocco

Embora um pouco fora de moda, algumas editoras ainda se dignam a responder autores que lhes enviam originais (a maioria não aceita originais enviados por qualquer um). Neste livro, apesar de ficcional, Roy apresenta 99 recusas de livros, expondo as principais “desculpas esfarrapadas” para educadamente dispensar um autor. Como sempre, no humor encontramos um fundo de verdade.