Inspiradores, revolucionários ou simplesmente curiosos e divertidos. Separamos uma lista de dez filmes sobre autores, editores e a relação entre pessoas e livros para você curtir durante as férias, todos disponíveis na Netflix Brasil. Para acompanhar, indicamos livros que podem enriquecer ainda mais o seu verão.

1. O Mestre dos Gênios

Original: Genius

Ano: 2016

Max Perkins foi um conceituado editor americano, tendo trabalhado com F. Scott Fitzgerald e Ernest Hemingway, entre outros. O filme trata da conturbada relação de amizade e trabalho entre Perkins e o célebre autor Thomas Wolfe. Abre oportunidade para a discussão da relação entre autor e editor.

 

Para acompanhar:

Max Perkins: um editor de Gênios, de A. Scott Berg, 2014, editora Intrínseca, 544 páginas.

O livro fala sobre Max Perkins, seu processo de trabalho e seu relacionamento com seus autores mais famosos.

 

2. Sociedade Literária e a Torta de Casca de Batata

Original: The Guernsey Literary and Potato Peel Pie Society

Ano: 2018

Em Londres, a escritora Julie Ashton recebe uma carta de um morador da ilha de Guernsey, pedindo informações sobre a compra de um livro e dizendo fazer parte da sociedade literária local. Indecisa sobre sua vida pessoal e sofrendo de bloqueio criativo, Ashton decide visitar a ilha para saber mais sobre o clube literário formado durante a invasão alemã na Segunda Guerra Mundial.

 

Para acompanhar:

O livro que deu origem ao filme, A Sociedade literária e a torta de casca de batata, de Mary Ann Shaffer e Annie Barrows, 2018, editora Rocco, 304 páginas.

 

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3. Mary Shelley

Ano: 2017

O filme se concentra na juventude de Mary Shelley, pontuando momentos que influenciaram a criação de sua obra-prima, o Frankenstein. De quebra, conhecemos um pouco mais sobre seus pais, o filósofo William Godwin e a feminista Mary Wolfstonecraft, e sobre os poetas Percy Bysshe Shelley e Lord Byron.

 

Para acompanhar:

Frankenstein, ou o Prometeu Moderno, de Mary Shelley, tradução de Márcia Xavier de Brito e Carlos Primati, editora Darkside, 2017, 304 páginas.

Muito além de ter dado origem ao terror moderno, Frankenstein é um livro que nos permite pensar sobre o que significa ser humano.

 

4. O Autor

Original: El autor

Ano: 2017

Já diz o ditado: A arte imita a vida. Ansioso para escrever “alta literatura”, um autor aspirante começa a manipular a vida de seus vizinhos para utilizá-las como fonte de inspiração. Com pitadas de humor, questiona-se a boa literatura versus best sellers, a origem da imaginação, o processo criativo e tantos outros.

 

 

Para acompanhar:

Cartas a um Jovem Escritor, de Mario Vargas Llosa, Elsevier, 2006, 152 páginas.

Neste livro, o Nobel de Literatura Vargas Llosa aborda os fundamentos da ficção e os desafios do processo de escrita.

 

5. Joan Didion: The center will not hold

Ano: 2017

A célebre ensaísta, roteirista e romancista americana Joan Didion narra sua vida ao lado de seu sobrinho, o documentarista Griffin Dunne. Pouco conhecida no Brasil, Didion cobriu grande parte da história americana com sua contundente e, ainda assim, belíssima visão de mundo. O filme é um ótima oportunidade de mergulhar fundo na mente desta autora e sua quase inacreditável história.

 

Para acompanhar:

O ano do pensamento mágico, de Joan Didion, tradução de Marina Vargas, editora HarperCollins, 2018, 240 páginas.

Este é um dos poucos livros de Didion traduzidos para o português. Escrito durante o primeiro ano após a morte de seu marido, o também escritor John Gregory Dunne, Didion faz uma análise de seu casamento, além de a doença de sua única filha. Um livro sobre superação que, em sua essência extremamente pessoal, torna-se universal.

 

6. American Anarchist

Ano: 2016

Dizem que, uma vez publicado, um livro pertence a seu público e não mais a seu autor.  Publicado em 1971, The Anarchist Cookbook (O livro de receitas anarquista) contém receitas e instruções para fazer explosivos, drogas ilícitas e outros meios de perturbação da ordem. Este documentário aborda a repercussão da publicação desta obra, incluindo entrevistas com o autor William Powell, nos fazendo pensar sobre a responsabilidade do autor como comunicador.

 

Para acompanhar:

Fahrenheit 451, de Ray Bradbury, tradução de Cid Knipel, editora Biblioteca Azul, 2012, 216 páginas.

Se muitos acham que a publicação de livros como The Anarchist Cookbook deveriam ser proibidos, o que diríamos de uma sociedade em que não alguns, mas todos os livros, são proibidos?

 

7. Nobody Speak: Trials Of The Free Press

Ano: 2017

Este documentário começa contando sobre o processo judicial aberto pelo lutador de luta livre Hulk Hogan contra o portal de notícias Gawker, devido a publicação de um vídeo. Seguindo um encadear de informações, o diretor Brian Knappenberger faz uma interessante discussão sobre como a liberdade de imprensa pode ser ameaçada pela elite financeira e política.

Para acompanhar:

Arte, censura, liberdade: reflexões à luz do presente, de Luísa Duarte (editora), editora Cobogó, 2018, 264 páginas.

Estendendo o debate sobre liberdade e censura para o campo da arte, os dezenove textos deste livro discutem o cerceamento da liberdade na arte enquanto fenômeno no Brasil e no mundo.

 

8. A Sociedade dos Poetas Mortos

Original: Dead Poets Society

Ano: 1989

O professor de literatura John Keating inspira seus alunos a olhar para a poesia sob uma nova perspectiva. Um clássico filme dos anos 1980 que permanece atual ao debater a escola, o livre pensar e as relações humanas. Carpe diem.

 

Para acompanhar:

Amar se aprende amando, de Carlos Drummond de Andrade, Companhia das Letras, 2018, 176 páginas.

Neste livro, o poeta aborda o amor de forma lírica, mas ainda assim prática e cotidiana. Devido a temática universal e aos poemas e versos curtos, é bastante acessível a quem está começando a entender o gênero.

 

9. Em Busca da Terra do Nunca

Original: Finding Neverland

Ano: 2004

A história do autor J.M. Barrie e sua relação com a família que o inspirou a escrever Peter Pan. Ganhador do Oscar, este delicioso filme é diversão para toda a família.

 

Para acompanhar:

Peter Pan, de  James Mathew Barrie, tradução de Julia Romeu, editora Zahar, 2014, 265 páginas.

O clássico da literatura infantil sobre o garoto que não queria crescer e seus meninos perdidos habitando a Terra do Nunca. Esta edição traz o texto traduzido da versão original, sem cortes.

Peter Pan, de Monteiro Lobato, editora Globinho, 2009, 84 páginas.

Já que Emília, Pedrinho e Narizinho não sabiam inglês, dona Benta leu o livro e contou tudo para as crianças. Acompanhe sua contação de história e delicie-se com os comentários dos personagens do sítio.

 

10. A livraria

Original: The Bookshop

Ano: 2017

Em uma pequena cidade da Inglaterra, em 1959, uma viúva decide abrir uma livraria em uma casa abandonada. No entanto, a sociedade local parece não gostar da ideia. Um drama onde nada do que se fala é o que realmente se está dizendo e um final inquietante.

 

Para acompanhar:

O livro que deu origem ao filme, A livraria, de Penelope Fitzgerald, 2018, editora Bertrand, 160 páginas.

Indicado ao Booker Prize, o livro é caracterizado pela sutileza do humor e da política britânicos.

 

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