Em A marca do editor (Âyiné, 170 pp, R$ 59,90 / R$ 36,90 o e-book – Tradução de Pedro Fonseca), Roberto Calasso, editor italiano que morreu no ano passado, joga luz em figuras importantes do cenário editorial europeu. Mostra a importância decisiva que editoras como Gallimard, Einaudi, Suhrkamp ou Farrar, Straus & Giroux tiveram na formação de um critério e de um público leitor, no ordenamento e na separação do essencial do supérfluo no que diz respeito à literatura. “A verdadeira história da edição é em larga medida oral – e assim parece destinada a permanecer. Uma teoria da arte editorial nunca se desenvolveu – e talvez seja tarde demais para que possa se desenvolver agora. Contrariando esses fatos, tentei reunir dois elementos: alguns eventos da história da Adelphi, que vivi por 50 anos, e um perfil não da teoria da edição, mas daquilo que um determinado tipo de edição também poderia ser: uma forma, a ser estudada e julgada como se faz com um livro. Que, no caso da Adelphi, teria mais de dois mil capítulos”, deixou registrado o autor.