Os tipos móveis de Gutenberg foram umas das maiores invenções da humanidade. A tecnologia, inventada no século XV, revolucionou o conhecimento. Isso teve impacto direto na economia, na cultura, nos hábitos e nos costumes ao permitir a produção de livros em massa. Passados séculos, a tecnologia evoluiu, ganhou em qualidade e em escala, mas nada parecia abalar o legado de Gutenberg. No entanto, nos últimos anos, a indústria e o mercado editorial passaram a enfrentar o seu maior desafio desde então: a grande revolução promovida pela digitalização da sociedade. No livro As guerras do livro: A revolução digital no mundo editorial (Editora Unesp, 575 pp, R$ 124, – Tradução de Fernando Santos), o professor John B. Thompson, da Universidade de Cambridge, joga luz na história das turbulentas décadas em que a indústria de publicação de livros colidiu com a grande revolução tecnológica de nosso tempo. O livro sobreviverá a essa guerra?