Duas notícias importantes afetaram a Saraiva nos últimos dias. A primeira é que a varejista conseguiu leiloar ativos por R$ 160 milhões que serão usados para abater parte de suas dívidas.

Vale lembrar que a empresa – que já foi a maior rede de livrarias do Brasil, com mais de 100 lojas – pediu recuperação judicial em novembro de 2018, informando à Justiça dívida de R$ 675 milhões.

Entre os ativos leiloados está a loja do Shopping Ibirapuera, na capital paulista. A unidade foi uma das mais importantes da rede e era a única loja própria da companhia. O imóvel estava alugado para a Centauro, loja de materiais esportivos, que acabou arrematando o ativo.

O imóvel constava como garantia de uma dívida com o Banco do Brasil, um dos maiores credores da empresa quando ela pediu recuperação judicial. Mais recentemente, a dívida foi vendida pelo banco estatal ao fundo Travessia, ligado ao BTG Pactual.

Marcos Guedes volta a ser CEO da Saraiva | © Reprodução das redes sociais do executivo

Outro passo importante foi a recondução de Marcos Guedes ao cargo de CEO não estatutário da empresa. Ele ocupava este mesmo posto até janeiro passado.

Guedes reúne mais de 25 anos de experiência no mercado financeiro e na gestão profissional interina.

Sob sua gestão, a Saraiva tentou vender ativos, incluindo seu site, para saldar parte das dívidas e apresentou aos seus acionistas um plano ousado de retomada. A previsão era de voltar a crescer e chegar a 83 lojas até 2026. Hoje a rede conta com 28 unidades localizadas em 14 unidades da federação.