O IBGE divulgou nesta quarta-feira (09), a sua Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), referente a setembro. O estudo acompanha a evolução do comércio varejista mês a mês no Brasil.

No geral, o volume de vendas cresceu 1,1% na passagem de agosto para setembro. É o primeiro aumento em cinco meses. Na comparação com o setembro de 2021, no entanto, houve alta de 3,2%. De janeiro a setembro, o setor acumulou aumento de 0,8% e, nos últimos 12 meses, o cenário é de discreta queda de 0,7%.

“Desde maio, o comércio não apresentava crescimento, ficando na estabilidade ou no campo negativo. Esse mês também registrou o ponto mais alto desde a passagem de fevereiro para março, quando foi de 1,4%. Esse ano, a série está exibindo uma volatilidade menor do que nos anos anteriores e estamos começando a ver um comportamento mais parecido ao que era antes da pandemia, sem muita amplitude na margem”, avalia Cristiano Santos, gerente da pesquisa.

Livros, jornais, revistas e papelaria

Das oito atividades pesquisadas, seis apresentaram resultados positivos na comparação com agosto. Inclusive a categoria Livros, jornais, revistas e papelaria, que apresentou crescimento de 2,5%.

Na comparação interanual, a atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria apresentou alta de 31,8%. Perdeu apenas para Combustíveis e lubrificantes, que cresceu 34,8%.

Pela metodologia da PMC, não há dados específicos sobre livros.

Outros sinais positivos do varejo de livros

No começo desta semana, foi a Nielsen quem apresentou os resultados do seu Painel de Varejo de Livros no Brasil. O relatório mensal é realizado em parceria com o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL).

No período de 12 de setembro a 9 de outubro, os estabelecimentos monitorados pelo instituto de pesquisa venderam 4.028.905 exemplares. Com isso, apuraram o faturamento de R$ 173,36 milhões.

Na comparação com o mesmo período de 2021, houve queda de 3,39% no número de cópias vendidas. No entanto, o faturamento cresceu 5,18% nesta mesma base de comparação.

Isto indica que houve um aumento do preço médio praticado para os consumidores. O relatório aponta que esse índice foi corrigido em 4,18%, abaixo da inflação no período que foi de 7,17%, segundo o IPCA.

No acumulado do ano, há crescimento tanto no volume (4,41%) quanto no faturamento (8,77%).

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