Daqui a duas semanas, começa a Festa Literária de Paraty (Flip), um dos mais importantes – e seguramente o mais charmoso – evento literário do país. Ocupando as ruas estreitas do centro histórico da cidade-patrimônio, a Flip é palco de importantes encontros literários. Na edição deste ano, nomes como Andriana Armony, Akwake Emezi, Bruna Beber, Eliane Marques, Glicéria Tupinambá, Itamar Vieira Jr e Socorro Acioli farão parte da programação oficial (22 a 26/11).

Mas muito além da tenda principal, a Flip enche de “casas parceiras”, que abrigam uma programação riquíssima e pluridiversa. Afora os encantos naturais, culturais, gastronômicos e etílicos da cidade de Paraty.

Não bastassem todos estes motivos para estar em Paraty, há um outro igualmente importante. Nos últimos anos, a Flip se consolidou como um grande ponto de encontro de autores, agentes, editores, distribuidores, livreiros e toda sorte de profissionais que atuam na cadeia criativa, produtiva e distributiva do livro. É quase um evento-obrigatório para criar e manter relações. Estar por lá, participar dos muitos happy hours, caminhar pelas ruas e encontrar aquele colega que não via há tempos ou ainda conhecer futuros colegas de trabalho é algo que todo profissional do livro devia poder experimentar pelo menos uma vez na vida.

Experiência própria. Muitos dos projetos que toquei nos últimos anos começaram ali: entre um debate e outro; um copo de cachaça e outro de cerveja; uma conversa despretensiosa e um encontro aleatório. Tudo pode acontecer em Paraty.

Recomendo fortemente que você, aluno do Nespe, experimente isso. Nas minhas conversas com pessoas que querem iniciar a sua carreira no mercado editorial, é muito comum eu ouvir a pergunta: “por onde começar?”. A Flip é, sem dúvidas, um bom começo. Estar lá é a chance de, no mínimo, ver pessoas com quem você sonha em trabalhar. E já que viu, puxa um assunto; ofereça para acompanhar essa pessoa até o próximo compromisso dela, apresente-se.

As pessoas que frequentam a Flip deixam o estresse de uma Bienal de lado. Estão ali relaxadas, com um olho nas pedras do calçamento das ruas e outro na oportunidade de (re)encontrar pessoas.

O cair da tarde vem sempre com um – ou dois, ou três, ou quantos conseguir – happy hours, a grande maioria deles com entrada aberta ao público: basta chegar, pegar um copo e papear.

Se neste novembro, você me vir por lá, chegue junto. Puxe assunto. Vamos conversar! <3