Por que as pessoas em todos os lugares, em todas as culturas, contam histórias? Quanto de si você pode doar sem desaparecer? Como podemos continuar vivendo no nosso planeta? Um autor precisa estar morto para despertar o interesse dos leitores? O que zumbis têm a ver com autoritarismo? Estas são algumas das perguntas que Margaret Atwood faz em Questões incendiárias (Rocco, 576 pp, R$ 134,90 – Trad.: Maira Parula).

Nos mais de 50 ensaios reunidos no livro, a autora de O conto da aia apresenta seu intelecto prodigioso e seu humor travesso para questionar os mais variados mistérios da existência humana.

A literatura, claro, não fica de fora destes questionamentos. No livro, Margaret Atwood analisa seus pares. Estão lá análises das obras de Alice Munro, Marie-Claire Blais e Gabrielle Roy. Margaret Atwood ainda rebate as teses de que a literatura tem um dever; revela que Shakespeare é seu autor favorito e tece elogios a gêneros como o terror, a fantasia e a ficção científica.

Questões incendiárias reúne textos publicados por Atwood entre 2004 e 2021. O livro está em pré-venda, com lançamento previsto para esta sexta-feira (29/03).