Uma maldição ronda o mundo editorial: o jovem que ama livros e, querendo transformar seu amor em carreira, cursa graduação em Letras ou Biblioteconomia, sem saber que o que aprenderá terá pouca utilidade no mercado editorial.

Isto não acontece por acaso.

No Brasil, existem pouquíssimos cursos de graduação em Editoração ou Produção Editorial. E a maioria são praticamente desconhecidos. Com isso, o jovem profissional, quando consegue uma vaga, começa a trabalhar em uma editora sem ter preparo necessário.

É daí que surge a necessidade de um curso pós-graduação em Gestão Editorial, no qual o aspirante ou profissional do mercado possa conhecer em profundidade toda a cadeia produtiva do livro e suas atividades conexas. É lia que ele conseguirá se situar e traçar planos para o seu próprio desenvolvimento no setor.

Mas o livro não vai acabar? O mercado editorial não está em crise?

A resposta mais rápida para essas perguntas é não. Os modos de publicação e meios de venda tradicionais têm tido dificuldade em se adaptar às mudanças bruscas que o mercado vem apresentando, daí a sensação de crise generalizada, com demissões nas editoras maiores e fechamento de livrarias físicas. Mas o brasileiro tem lido mais e comprado mais livros. Como assim?

Acontece que novos modelos de negócios, como vendas online, clubes de assinatura, crowdfunding, publicações independentes e tantos outros têm crescido e ocupado o espaço que as livrarias físicas e os modos de produção tradicionais vêm perdendo. Novos formatos de fruição de conteúdo também se encontram cada vez mais acessíveis, como os e-books, os appbooks e os audiobooks.

Nessa avalanche de mudanças, nada mais importante do que estudar como o mercado vem se rearranjando, inclusive para identificar novas oportunidades e ocupar nichos de mercado ainda não explorados.

Ana Claudia Mello, que finalizou a pós em Edição e Gestão Editorial em 2018, afirma “as experiências da pós me deram uma outra visão sobre o mercado e sobre o livro — falando aqui do objeto —, entender o consumo no Brasil, a curadoria, os projetos editoriais e valorizar mais as pequenas editoras.”

Salários e cargos mais altos com pós-graduação

É inegável que fazer uma pós-graduação pode ajudar no avanço da carreira. Um estudo feito pela consultoria Produtive com cerca de 400 executivos das regiões Sul e Sudeste mostra que 68% deles fizeram uma ou mais especializações, e que isso pode resultar em um salário até 40% maior.

Na área editorial, isso se torna ainda mais evidente. Considerando a tradicional falta de formação na área, o seu conhecimento se torna um diferencial.

Novas possibilidades de carreira

Como o mercado editorial tende a atrair booklovers (amantes de livros), é comum ver na pós a possibilidade de adquirir conhecimento para mudar de profissão. Silvia Baisch trabalhava como jornalista e, procurando novos desafios profissionais, decidiu apostar na pós em Edição e Gestão Editorial. Pró-ativa, antes de terminar o curso já fazia freelances editoriais, até ser contratada pela editora Autografia e, posteriormente, pela BR75.

Ou seja, a pós é um meio de desenvolver novas habilidades, conhecer outros tipos de negócios e — por que não? — abrir um negócio todo seu.

Rosane Pessanha conta como foi montar a editora Raiz enquanto cursava a pós em Edição e Gestão Editorial: “É curioso que, embora a literatura tenha me levado a conhecer o livro, tive que deixar a ficção de lado para aprender a manejar uma nova realidade: uma editora de literatura voltada para autores estreantes brasileiros, com foco no enriquecimento literário, de forma a incentivar a produção do conhecimento e da leitura. Seu diferencial estaria alinhado à satisfação daqueles para quem eu trabalharia: autores e leitores.”

Conhecer novas pessoas e aprender cada vez mais

Ser conhecido é a chave do networking. Fazer parte dessa rede de relacionamentos é uma grande chance de melhorar suas perspectivas profissionais. Quando surge uma vaga, uma oportunidade de trabalho ou parceria, você terá mais chance de ser lembrado. Até mesmo grandes ideias de negócios podem surgir.

Pessanha lembra o quanto essa troca foi importante para o desenvolvimento da sua editora: “o contato com conteúdo diversificado e consistente, com os melhores profissionais do mercado e a troca de ideias foram mapeando meus interesses. Pouco a pouco fui obtendo respostas para minhas perguntas. Algumas ainda continuam obscuras, mas as conexões e o processo de aprendizagem são intermináveis. Então, estou certa de que a pós-graduação oferecida pelo Nespe tenha ampliado minhas expectativas e me dado oportunidade de visualizar um cenário editorial bem mais positivo.”

Ama livros?

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