Nesta quarta-feira (17/01), o IBGE divulgou os resultados da sua Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) referente ao mês de novembro de 2023. No geral, as vendas no varejo variaram 0,1%, indicando estabilidade em comparação com outubro. O setor está 1,9% abaixo do recorde da série, ocorrido em novembro de 2020, e está 4,5% acima do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020). No acumulado do ano, o varejo apresenta crescimento de 1,7% e nos últimos 12 meses, a variação é positiva, de 1,5%.

Das oito atividades econômicas avaliadas pela PMC, seis apresentaram crescimento. As duas únicas exceções foram: Livros, jornais, revistas e papelaria (-1,5%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-1,6%). Na comparação anual, com novembro de 2022, o segmento que inclui os livros também fechou no vermelho, com queda de 5,3%. É o décimo mês consecutivo em queda deste setor. Em relação ao acumulado no ano até novembro, as perdas do segmento até novembro têm a mesma intensidade do que até setembro e outubro: -4,1% em setembro e outubro e -4,2% até novembro. Em termos de resultado acumulado nos últimos 12 meses, o cenário também é de perdas: de -3,3% até outubro para -3,7% até novembro de 2023.

Mas e a Black Friday?

Os números reforçam os resultados apresentados pelo Painel do Varejo de Livros no Brasil, realizado pela Nielsen e pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL). De acordo com o último Painel divulgado, em novembro de 2023, o faturamento apurado com a venda de livros foi 1,92% menor quando comparado com igual período de 2022.

Isso pode demonstrar um enfraquecimento da Black Friday no calendário de vendas de livros no Brasil. Mais preocupante foi a queda no volume. Nesta mesma base de comparação, o Painel demonstra que os estabelecimentos monitorados pela Nielsen venderam 4.7 milhões de exemplares. O número é 9,32% menor do que o apurado em 2022. Não está fácil!