Acontece por esses dias, na Itália, a 61ª edição da Feira do Livro Infantil e Juvenil de Bolonha. Principal palco do gênero no mundo, a Feira reúne 1.500 expositores de cem países e uma programação pulsante. Tudo isso para promover o negócio de compra, venda e licenciamento de conteúdos voltados para os pequenos leitores.

Henrique Moreira foi o vencedor de um prêmio na Feira do Livro de Bolonha

O Brasil, que está com estande próprio, capitaneado pelo Brazilian Publishers, ganha destaque neste ano. Nesta quarta-feira (10), o ilustrador curitibano Henrique Moreira conquistou o Prêmio Internacional de Ilustração promovido pela Fundação SM. O júri ressaltou que, apesar da pouca idade – Moreira tem 25 anos –, o ilustrador demonstra “paixão por comunicar histórias através de ilustrações, especialmente focando em silent books”, livros que usam apenas ilustrações, sem palavras.

Quem também subiu ao palco foi a editora Daniela Padilha, para receber o BolognaRagazzi, o principal prêmio entregue pela Feira. Ela estava representando o ilustrador Renato Moriconi, autor do livro Dia de Lua, publicado pela Jujuba, da qual Daniela é proprietária. Dia de Lua ganhou o prêmio na categoria Toddler, na qual competem livros criados para bebês.

Daniel Kondo na exposição Noi, numa biblioteca de Bolonha

Outro braasileiro que merece destaque na Feira é Daniel Kondo, que levou à Biblioteca Amilcar Cabral, localizada na cidade italiana, a exposição Noi, que homenageia o imortal Gilberto Gil.

Não foi desta vez

O Brasil poderia ter brilhado mais. Marina Colasanti e Nelson Cruz concorreram – e infelizmente não levaram – o Hans Christian Andersen, divulgado a cada dois anos em Bolonha. E a Solisluna, editora baiana, disputou o BOP como melhor editora infantil das Américas Central e do Sul e do Caribe. Perdeu para a colombiana Cataplum.

Estande brasileiro na Feira do Livro de Bolonha | Divulgação CBL

Negócios em Bolonha

A expectativa do Brazilian Publishers é que esta edição mantenha o patamar de negócios registrado em 2023, quando a Feira criou oportunidades de negócio na ordem de US$ 448 mil para as editoras brasileiras participantes no programa de apoio à exportação de conteúdos editoriais. Esta cifra inclui vendas de direitos autorais e de livros físicos.